terça-feira, 24 de julho de 2007

A Sociedade Pós-Modernidade.

A Pós-Modernidade é um movimento de ruptura que surgiu nos fins do século XX, onde o conceito de progresso (da Era Industrial) vai sendo substituído pelo de crise e de incredulidade. Na verdade a era pós-moderna aponta-nos para o cibernético, o informático e o informacional, onde o saber científico está na informação transformada em conhecimento na forma organizada, estocada e preparada para a sua distribuição e, no limite, em termos de bits. (Barbosa, 1985; no prefácio do livro “A Condição Pós-Moderna”)

As características centrais da Era Industrial são as concentrações de um grande número de trabalhadores assalariados nas fábricas; o predomínio dos trabalhadores do setor secundário; a indústria contribuindo com a maioria da renda nacional; a aplicação das descobertas científicas nos processos científicos; a racionalização e a fragmentação do trabalho; a separação entre casa e trabalho e sistema familiar e sistema profissional; urbanização e escolarização das massas; redução das desigualdades sociais; reformas dos espaços em função da produção e do consumo dos produtos industriais; maior mobilidade; produção em massa e crescimento do consumismo; fé em um progresso irreversível e um bem-estar crescente; etc. (De Masi, 2000)

Já na era pós-moderna temas como razão, sujeito, totalidade, verdade e progresso são conceitos vazios e em crise. A pós-modernidade é a era do efêmero, do fragmentário, do caótico. Na verdade é uma era descontínua sempre enfatizando a possibilidade de lidar com a realidade através do pensamento racional.

A era pós-moderna é fruto (filha) da modernidade, a qual não realizou as promessas de progresso infinito (O Estado de Bem-Estar Social). Segundo Elias (1993 apud Brito e Ribeiro, 2003; p. 9) a modernidade não possuiu um princípio organizador, ela nasceu espontaneamente. Através da racionalização foram gerados controles diversos com o objetivo de transformar a convivência entre as pessoas, mediante a domesticação dos afetos, do emocional etc.

O que vai caracterizar a sociedade pós-moderna, em aspectos gerais, são: a passagem da produção de bens para uma economia de serviços; a preeminência da classe dos profissionais e dos técnicos; o caráter central do saber teórico, gerador de inovação; a gestão do desenvolvimento técnico e do controle normativo da tecnologia; a criação de uma nova tecnologia intelectual. (De Masi, 2000).

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Papel Digital

A REVOLUÇÃO DO PAPEL DIGITAL.
Imagine o papel do seu jornal sendo substituído por um "papel digital" que possa ser dobrado e enrolado da mesma forma que o papel convencional - e mais! - que o seu conteúdo seja atualizado via Internet a cabo ou sem fio (wireless). Pois isso já é realidade! Jornais da Europa já começaram a testar suas versões digitais enviadas através da Internet e visualizadas em "display plásticos".
Não é de hoje que os analistas prevêm que as informações convencionais impressas em papel serão substituídas por versões eletrônicas exibidas em telas portáteis. A partir da disponibilidade de uma tecnologia de "display plástico", tornou-se possível publicar qualquer conteúdo de texto um mesmo de vídeo.
Na Bélgica o jornal "De Tijd" - especializado em economia - já está circulando em fase experimental para 200 assinantes. O jornal utiliza telas portáteis conhecidas como e-readers. A tela do e-reader é feita de um papel eletrônico conhecido como e-paper ou plastic logic.
Essa tecnologia de display utiliza milhões de cápsulas microscópicas preenchidas com pigmentos claros e escuros que se tornam visíveis (ou invisíveis) quanto ativados por uma corrente elétrica. De acordo com o nível da corrente elétrica, os pigmentos mudam de posição dentro das cápsulas, formando imagens visíveis na superfície do e-paper

O e-paper proporciona uma leitura menos cansativa e muito mais confortável que nas telas de cristal líquido, segundo o instituto Belga IBBT que está desenvolvendo o projeto com o jornal "De Tijd".
Os projetos para substituir papel convencional por papel eletrônico surgiram no final da década de 90 quando foram colocados no mercado os primeiros e-readers que permitiam a leitura de livros digitais. O problema na época foi que os leitores disponíveis eram pesados e desajeitados, ao contrário dos e-readers feitos com papel eletrônico que ficaram bem mais leves e práticos.
Uma vez que uma imagem é formada no papel eletrônico, a mesma permanece visível sem a necessidade de consumir energia, reduzindo significativamente o uso de bateria do e-reader e permitindo mais horas de leitura entre as recargas.

O jornal belga De Tijd adotou o e-reader iLiad da iRex Technologies - uma subsidiária da Philips. O iLiad utiliza papel eletrônico como tela e tem capacidade para ler uma ampla gama de documentos digitais, tais como arquivos de textos, PDF, etc. A tela do dispositivo tem 12,2 cm de largura 16,3 cm de altura, 1,6 cm de espessura e pesa apenas 390 gramas. Os leitores podem obter novas notícias através de redes sem fio (wireless) domésticas ou mesmo em um cybercafé conectado à Internet.

O iLiad da iRex tem capacidade para armazenar até trinta edições do jornal De Tijd e permite que o usuário faça anotações sobre qualquer texto armazenado. O equipamento reconhece a escrita feita sobre a tela com uma caneta como as usadas nos palmtops.
O dispositivo usado pelo jornal De Tijd trabalha com matriz "preto e branca" com até dezesseis tons de cinza, mas já existem testes com dispositivos equipados com papel digital colorido.
Vários grandes jornais, como o americano The New York Times, já estão testando a nova tecnologia objetivando eliminar custos com papel, impressão e distribuição de seus exemplares diários.
A tendência para o futuro é a substituição da versão impressa dos grandes jornais por versões em papel digital, mas, como dizem os tradicionalistas: "vamos aguardar para ver!".

Vale a pena assistir: http://www.youtube.com/watch?v=6sKBsp77PY0&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=__nugeb8m8w&mode=related&search=